segunda-feira, 20 de agosto de 2012

postagem 14

GRUPO DOS OITO (G8)
Por Vagner Augusto da Silva
  Formado pelos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Itália, alemanha e Japão) e a federação Russa, o grupo dos oito (G8) caracteriza-se como um fórum de discussões econômicas, políticas e sociais. As decisões tomadas têm grande influência mundial, consequência do peso econõmico que o grupo possui. Juntos, esses países detêm mais de 50% da produção industrial mundial e aproximadamente 4/5 da produção dos países industrializados, gerando em 2001 quase 70% da riqueza do planeta.
  Os primeiros passos para a formação do G-8 foram dados em 1975, quando o então presidente francês Giscard d'Estaing buscou reunir os chefes de Estado e do governo dos países mais ricos do planeta, com o proposito de realizar uma reunião informal, sem a participação dos conselheiros que geralmente estão presentes nos encontros entre as nações. Assim, eles poderiam discutir questões mundiais em um ambiente descontraído, em que prevaleceria o diálogo franco e aberto. Reunidos no castelo francês Rambouillet, o primeiro encontro contou com a participação de seis países - França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Japão - que discutiram a então crise do petróleo e suas consequências.
  Com o sucesso do primeiro encontro, ficou acertado que se reuniriam anualmente, fato que ocorreu já no ano seguinte, 1976, quando foi admitido o ingresso do Canadá. Assim, a organização contava com sete países - motivo que a levou a ser chamada de grupo dos sete (G-7).
  Por vários anos o grupo permaneceu composto apenas por esses membros, até que em 1998 foi admitida a entrada da Rússia, passando a se chamar de G-8. A história da Federação Russa nessa organização é interessante. Desde o início cos anos 1990 esse país participava informalmente dos encontros, apenas como observador, e a sua inclusão deu-se muito mais por motivos estratégicos do que econômicos. A Rússia não é uma das maiores potências econômicas do planeta, tendo passado por graves problemas financeiros nos últimos dez anos. No entanto, o seu grande arsenal atômico a eleva à condição de importante peça da atual geopolítica mundial, fato que sensibilizou os antigos membros a aceitar sua entrada. Porém, essa integração possui alguns limites, pois os russos não participam das reuniões envolvendo os ministros das finanças e dos bancos centrais, que contam apenas com a participação de representantes dos sete iniciais. Recentemente, os países-membros tomaram uma histórica decisão, convidando a Rússia a presidir o grupo em 2006, ano em que também sediará uma reunião de cúpula da organização. Os antigos membros aprovaram essa decisão levando em consideração as expressivas mudanças econômicas no país nos últimos anos.
  Vale lembrar que, geralmente, os encontros do G-8 são marcados por protestos contra a globalização, o neoliberalismo e a crescente desigualdade mundial, pois esse grupo é visto por muitos como o grande criador das bases econômicas e socais vigentes no mundo atual.

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