RATZEL e a antropogeografia
O prussiano defendeu que a geografia deveria estudar a interação entre homem e natureza, mediada por condições socioeconômicas
Silvia Lopes Raimundo
Reconhecido como um dos sistematizadores da Geografia moderna, Friedrich Ratzel (1884-1904) foi o primeiro a apresentar, de maneira explícita, uma proposta geográfica dedicada à discussão dos problemas humanos. Além de espécie de arauto da Geografia humana, o interesse desse prussiano por diferentes áreas do conhecimento o levou a escrever obras que contribuíram para a formulação da Antrpologia a das Ciências Políticas.
Aprendiz de farmacêutico, Ratzel contrariou a vontade familiar e tornou-se professor em duas importantes universidades da recém unificada Alemanha: Munique e Leipzig. Foi ainda no curso de farmácia, entre raízes e ervas medicinais, que o cuidadoso observador se aproximou das Cìências Naturais. Mais tarde, durante os estudos na universidade de Heidelberg, dedicou-se à Paleontologia, Mineração, Geologia, Zoologia e à compreensão das idéias de Charles Darwin (1809-1882) e Ernest Haeckel (1834-1919), chegando a publicar artigos de conteúdo evolucionista.
Em Munique, ainda envolvido com as descobertas dos naturalistas, escreveu o primeiro volume de Antropologia: Fundamentos da aplicação da Geografia à História (1882) considerada, por muitos, a obra fundadora da Geografia Humana. Nela, Ratzel privilegiou a condição humana ao definir que a Geografia estudaria os efeitos recíprocos entre homem e natureza, mediados pelas condições econômicas e sociais. Ficou explicita sua concepção de que à Geografia caberia analisar as condições impostas pela natureza à História, a distribução das sociedades humanas sobre o globo, os deslocamentos e os movimentos migratórios, a colonização e a formação dos territórios.
Mudança para Leipzig
Ratzel mudou-se para Leipzig em 1886 e lecionou na universidade local até a sua morte. Ali se aproximou cada cada vez mais da Filosofia, caminho para para elaboração dos fundamentos tanto da vertente humana quanto política da Geografia. Nesse período, escreveu os dois volumes complementares de As Raças Humanas (1886 e 1888); o segundo volume de Antropologia (1891); Geografia Política (1897); A Terra e a Vida (1901) e Sobre a Descrição da Natureza (1904).
Em Geografia Política, tratou de questões como Estado, território, relações internacionais, fronteiras e guerras. A obra pode ser considerada básica para a formulação das doutrinas geopolíticas de Mackinder, Kjellen e Haushofer, influenciando até mesmo ideólogos dos governos militares da Argentina, Brasil e Chile.
Tímido e com dificuldades de falar para grandes platéias, Ratzel entusiasmava-se em pequenos círculos. Toda sexta-feira à noite participava do Circuito de Leipzig, no qual discutia Filosofia com economistas, psícologos, teólogos e historiadores.
Nesse clima, à moda do Chá Geográfico de Munique, com alguns amigos, criou a Tarde Geográfica: espaço em que estudantes e novos geógrafos, sem oportunidades na Associação Geográfica, podiam apresentar pesquisas e debater com outros profissionais.
Espaço vital
Filho de uma família afinada à política de Bismarck - grande nome da unificação alemã -, Ratzel foi fiel a seus governantes, não somente pelo seu engajamento na guerra Franco-Prussiana, que o levou ao front da luta, como também pela criação de uma Geografia a serviço desse novo Estado-Nação. Ao partir do pressuposto de que toda sociedade manifesta necessidades de moradia e alimentação e, por isso, mantém forte relação com o solo e seus recursos disponíveis, o professor defendeu a idéia de que progresso resultaria da relação de equilibrio entte o território ocupado e suas potencialidades com as necessidades da sociedade que o domina. A busca do espaço vital justificaria o expansionismo que marcou o imperilaismo de Bismarck.
Num claro retorno à teoria da nação, criada em contraposição à doutrina liberal dos iluministas franceses e fortemente baseada no romantismo de Fichte e Herder, Ratzel elegeu o ambiente escolar como locus para a disseminação de sentimentos pátrios. Daí sua preocupação com a Geografia escolar, a formação de professores para as escolas públicas e os temas e conteúdos a serem trabalhados em salas de aula.
Apesar de não ter rompido com uma visão naturalizante do homem, o pensador protaganizou importante momento no processo de sistematização do pensamento geográfico. Interpretado e vulgarizado por leitores que ora reduziam sua obra às máximas determistas - segundo as quais o homem era visto como um produto do meio, ora como base pra as formulações mais pragmáticas da Geopolítica ou das críticas que animaram o ambiente acadêmico da França de Vidal de La Blanche -, Ratzel é leitura obrigatória para quem deseja compreender melhor a Geografia.
domingo, 26 de agosto de 2012
postagem 16
BRICS
São países com características comuns em economia, informações gerais, desenvolvimento econômico, PIB e são considerados como países emergentes.
O acrônimo foi cunhado e proeminentemente usado pelo economista Jim O'neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs em estudo de 2001 intitulado "Bulding Bettér Global Economic BRICS".
O Golding Sachs argumenta que uma vez que estão em rápido desenvolvimento, em 2050, o conjunto das economias dos BRICS pode eclipsar o conjunto das economias dos países mais ricos do mundo atual.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes países não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas. Eles formam uma espécie de aliança que busca ganhar força no cenário político e econômico internacional, diante da defesa de interesses comuns. A cada ano ocorre uma reunião entre os representantes destes países.
Características comuns destes paises:
*Economia estabilizada recentemente;
*Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação;
*Níveis de produção e exportação em crescimento;
*Boas reservas de recursos minerais;
*Investimentos em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, etc);
*PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;
*Índices sociais em processo de melhorias;
*Diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais;
*Rápido acesso da população aos sistemas de comunicação como por exemplo, celulares e internet (inclusão digital);
*Mercados de capitais (bolsa de valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros;
*Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia.
Futuro
Economistas afirmam que, mantidas as situações atuais (descritas acima), os países do BRICS poderão se tornar grandes economias num futuro próximo. Dentre estes países, destacam a China, em função do rápido desenvolvimento econômico (crescimento do PIB em torno de 10% ao ano) e elevada população.
Fontes: Paulo B. Casella e Wikipédia.
São países com características comuns em economia, informações gerais, desenvolvimento econômico, PIB e são considerados como países emergentes.
O acrônimo foi cunhado e proeminentemente usado pelo economista Jim O'neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs em estudo de 2001 intitulado "Bulding Bettér Global Economic BRICS".
O Golding Sachs argumenta que uma vez que estão em rápido desenvolvimento, em 2050, o conjunto das economias dos BRICS pode eclipsar o conjunto das economias dos países mais ricos do mundo atual.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes países não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas. Eles formam uma espécie de aliança que busca ganhar força no cenário político e econômico internacional, diante da defesa de interesses comuns. A cada ano ocorre uma reunião entre os representantes destes países.
Características comuns destes paises:
*Economia estabilizada recentemente;
*Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação;
*Níveis de produção e exportação em crescimento;
*Boas reservas de recursos minerais;
*Investimentos em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, etc);
*PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;
*Índices sociais em processo de melhorias;
*Diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais;
*Rápido acesso da população aos sistemas de comunicação como por exemplo, celulares e internet (inclusão digital);
*Mercados de capitais (bolsa de valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros;
*Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia.
Futuro
Economistas afirmam que, mantidas as situações atuais (descritas acima), os países do BRICS poderão se tornar grandes economias num futuro próximo. Dentre estes países, destacam a China, em função do rápido desenvolvimento econômico (crescimento do PIB em torno de 10% ao ano) e elevada população.
Fontes: Paulo B. Casella e Wikipédia.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
postagem 15
BEM-VINDO A OSASCO!
É com imensa satisfação e emoção que faço a emissão dessa postagem sobre a cidade que morei durante dois anos, e que guardo com carinho essa passagem da minha vida. Morei na casa do meu querido tio Gilton e trabalhei na instituição bancária Bradesco. A cidade chama-se Osasco-SP, e confesso que pensava que a origem do nome era japonesa derivado da cidade de Osaka. Porém estava equivocado, pois descobri que a origem é italiana como no bom texto da revista discutindo geografia-ano 3-nº 15.
Osasco, realmente fica no norte da Itália e é cercada de Alpes nevados. É a cidade natal de muitos imigrantes italianos que vieram ao Brasil no final do século XIX. Entre eles estava Antonio Agù, um colono e proprietário de terras fixado na Zona Oeste da cidade de São Paulo. Para homenagear sua terra de origem, Agù solicitou aos dirigentes da Estrada de Ferro Sorocabana que dessem à estação do quilômetro 16 o nome de Osasco. Logo, a pequena vila operária ali instalada passou a receber a mesma denominação, até ser elevada à condição de município em 1962.
Enquanto a cidade italiana se mantém num pequeno vilarejo com cerca de mil habitantes, a Osasco brasileira tornou-se a quinta cidade mais populosa do Estado de São Paulo, sendo maior que muitas capitais do País. Sua população de 715 mil habitantes (estimativa IBGE 2006) aproxima-se da de Turim, o principal núcleo urbano da região piemontesa. Hoje, apesar dos contrastes sociais que marcam a paisagem de sua periferia, Osasco é um importante pólo regional da Grande São Paulo e sede de destacadas instituições de Ensino e empresas dos setores comercial (Wal-Mart e Submarino), de comunicação (SBT) e financeiro (Bradesco).
É com imensa satisfação e emoção que faço a emissão dessa postagem sobre a cidade que morei durante dois anos, e que guardo com carinho essa passagem da minha vida. Morei na casa do meu querido tio Gilton e trabalhei na instituição bancária Bradesco. A cidade chama-se Osasco-SP, e confesso que pensava que a origem do nome era japonesa derivado da cidade de Osaka. Porém estava equivocado, pois descobri que a origem é italiana como no bom texto da revista discutindo geografia-ano 3-nº 15.
Osasco, realmente fica no norte da Itália e é cercada de Alpes nevados. É a cidade natal de muitos imigrantes italianos que vieram ao Brasil no final do século XIX. Entre eles estava Antonio Agù, um colono e proprietário de terras fixado na Zona Oeste da cidade de São Paulo. Para homenagear sua terra de origem, Agù solicitou aos dirigentes da Estrada de Ferro Sorocabana que dessem à estação do quilômetro 16 o nome de Osasco. Logo, a pequena vila operária ali instalada passou a receber a mesma denominação, até ser elevada à condição de município em 1962.
Enquanto a cidade italiana se mantém num pequeno vilarejo com cerca de mil habitantes, a Osasco brasileira tornou-se a quinta cidade mais populosa do Estado de São Paulo, sendo maior que muitas capitais do País. Sua população de 715 mil habitantes (estimativa IBGE 2006) aproxima-se da de Turim, o principal núcleo urbano da região piemontesa. Hoje, apesar dos contrastes sociais que marcam a paisagem de sua periferia, Osasco é um importante pólo regional da Grande São Paulo e sede de destacadas instituições de Ensino e empresas dos setores comercial (Wal-Mart e Submarino), de comunicação (SBT) e financeiro (Bradesco).
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
postagem 14
GRUPO DOS OITO (G8)
Por Vagner Augusto da Silva
Formado pelos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Itália, alemanha e Japão) e a federação Russa, o grupo dos oito (G8) caracteriza-se como um fórum de discussões econômicas, políticas e sociais. As decisões tomadas têm grande influência mundial, consequência do peso econõmico que o grupo possui. Juntos, esses países detêm mais de 50% da produção industrial mundial e aproximadamente 4/5 da produção dos países industrializados, gerando em 2001 quase 70% da riqueza do planeta.
Os primeiros passos para a formação do G-8 foram dados em 1975, quando o então presidente francês Giscard d'Estaing buscou reunir os chefes de Estado e do governo dos países mais ricos do planeta, com o proposito de realizar uma reunião informal, sem a participação dos conselheiros que geralmente estão presentes nos encontros entre as nações. Assim, eles poderiam discutir questões mundiais em um ambiente descontraído, em que prevaleceria o diálogo franco e aberto. Reunidos no castelo francês Rambouillet, o primeiro encontro contou com a participação de seis países - França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Japão - que discutiram a então crise do petróleo e suas consequências.
Com o sucesso do primeiro encontro, ficou acertado que se reuniriam anualmente, fato que ocorreu já no ano seguinte, 1976, quando foi admitido o ingresso do Canadá. Assim, a organização contava com sete países - motivo que a levou a ser chamada de grupo dos sete (G-7).
Por vários anos o grupo permaneceu composto apenas por esses membros, até que em 1998 foi admitida a entrada da Rússia, passando a se chamar de G-8. A história da Federação Russa nessa organização é interessante. Desde o início cos anos 1990 esse país participava informalmente dos encontros, apenas como observador, e a sua inclusão deu-se muito mais por motivos estratégicos do que econômicos. A Rússia não é uma das maiores potências econômicas do planeta, tendo passado por graves problemas financeiros nos últimos dez anos. No entanto, o seu grande arsenal atômico a eleva à condição de importante peça da atual geopolítica mundial, fato que sensibilizou os antigos membros a aceitar sua entrada. Porém, essa integração possui alguns limites, pois os russos não participam das reuniões envolvendo os ministros das finanças e dos bancos centrais, que contam apenas com a participação de representantes dos sete iniciais. Recentemente, os países-membros tomaram uma histórica decisão, convidando a Rússia a presidir o grupo em 2006, ano em que também sediará uma reunião de cúpula da organização. Os antigos membros aprovaram essa decisão levando em consideração as expressivas mudanças econômicas no país nos últimos anos.
Vale lembrar que, geralmente, os encontros do G-8 são marcados por protestos contra a globalização, o neoliberalismo e a crescente desigualdade mundial, pois esse grupo é visto por muitos como o grande criador das bases econômicas e socais vigentes no mundo atual.
Por Vagner Augusto da Silva
Formado pelos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Itália, alemanha e Japão) e a federação Russa, o grupo dos oito (G8) caracteriza-se como um fórum de discussões econômicas, políticas e sociais. As decisões tomadas têm grande influência mundial, consequência do peso econõmico que o grupo possui. Juntos, esses países detêm mais de 50% da produção industrial mundial e aproximadamente 4/5 da produção dos países industrializados, gerando em 2001 quase 70% da riqueza do planeta.
Os primeiros passos para a formação do G-8 foram dados em 1975, quando o então presidente francês Giscard d'Estaing buscou reunir os chefes de Estado e do governo dos países mais ricos do planeta, com o proposito de realizar uma reunião informal, sem a participação dos conselheiros que geralmente estão presentes nos encontros entre as nações. Assim, eles poderiam discutir questões mundiais em um ambiente descontraído, em que prevaleceria o diálogo franco e aberto. Reunidos no castelo francês Rambouillet, o primeiro encontro contou com a participação de seis países - França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Japão - que discutiram a então crise do petróleo e suas consequências.
Com o sucesso do primeiro encontro, ficou acertado que se reuniriam anualmente, fato que ocorreu já no ano seguinte, 1976, quando foi admitido o ingresso do Canadá. Assim, a organização contava com sete países - motivo que a levou a ser chamada de grupo dos sete (G-7).
Por vários anos o grupo permaneceu composto apenas por esses membros, até que em 1998 foi admitida a entrada da Rússia, passando a se chamar de G-8. A história da Federação Russa nessa organização é interessante. Desde o início cos anos 1990 esse país participava informalmente dos encontros, apenas como observador, e a sua inclusão deu-se muito mais por motivos estratégicos do que econômicos. A Rússia não é uma das maiores potências econômicas do planeta, tendo passado por graves problemas financeiros nos últimos dez anos. No entanto, o seu grande arsenal atômico a eleva à condição de importante peça da atual geopolítica mundial, fato que sensibilizou os antigos membros a aceitar sua entrada. Porém, essa integração possui alguns limites, pois os russos não participam das reuniões envolvendo os ministros das finanças e dos bancos centrais, que contam apenas com a participação de representantes dos sete iniciais. Recentemente, os países-membros tomaram uma histórica decisão, convidando a Rússia a presidir o grupo em 2006, ano em que também sediará uma reunião de cúpula da organização. Os antigos membros aprovaram essa decisão levando em consideração as expressivas mudanças econômicas no país nos últimos anos.
Vale lembrar que, geralmente, os encontros do G-8 são marcados por protestos contra a globalização, o neoliberalismo e a crescente desigualdade mundial, pois esse grupo é visto por muitos como o grande criador das bases econômicas e socais vigentes no mundo atual.
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