segunda-feira, 16 de outubro de 2023

P. 69 Ser professor, eu recomendo


 Ser professor, eu recomendo

O título desta afirmação é uma opinião recheada de sentimentos que compartilho na execução da profissão de professor. e escrevo esse texto, após analisar as palavras de um jovem ator em ascensão na maior rede de televisão popular do Brasil, que em suas palavras durante uma entrevista ao ser perguntado sobre o que ele achava de sua profissão de ator, ele surpreendeu com a seguinte resposta, gosto da minha profissão, porém não recomendo. Então mesmo com todo o glamour da profissão ele tem seus motivos.

Sem comparar as profissões, eu afirmo ao contrário, eu recomendo a profissão de professor. Pois através da experiência que compartilhei lecionando, iniciei uma descoberta do prazer de semear conhecimento, e também adquirir sabedoria com a prática escolar.

Ser professor, mesmo com todas as dificuldades impostas pelo sistema, para mim é uma dádiva que eu tive a oportunidade de exercer.

Ser professor é um verdadeiro sentimento ambíguo, em um dia quando a aula rende e as coisas dão certo, me sinto como um astro num palco (sala de aula) sendo ovacionado. Já em outro dia sinto-me como aqueles músicos de restaurante que tocam e cantam, sem a percepção da plateia que não está se importando com a sua arte e simplesmente estão alheios a tudo.

Como dizia o sábio, quando temos "plateia", não somos nós mesmos. pois realmente ocorre uma transformação na nossa alma.

Em homenagem a todos os professores, com carinho eu continuo com a afirmação, ser professor, eu recomendo.

         Edson Freitas Carvalho - professor de geografia

 


P. 68 ROBERTO DINAMITE: ídolo eterno


 ROBERTO DINAMITE: ídolo eterno

Esse texto é uma homenagem ao grande ídolo da torcida vascaína, que deu muita alegria para uma grande geração.

Quando eu estava com nove anos de idade, no ano de 1974, despertei para o mundo mágico do futebol. Foi durante toda a agitação da copa do mundo da Alemanha, que ainda era Ocidental. O torneio foi vencido pela própria numa final com a Holanda. Mas quem me encantou foi mesmo o "o carrossel Holandês" liderado pelo elegante craque Johan Cruyff, que eliminou a seleção brasileira na semifinal.

Logo após o encantamento e a "ressaca" da derrota na copa, meu pai Hugo Carvalho um verdadeiro torcedor apaixonado pelo clube Vasco da Gama, me convidou para acompanhar nosso time de coração nas finais do campeonato brasileiro daquele ano. Que terminou com o VASCO conquistando o título nacional numa final épica contra o grande time do Cruzeiro de Mina Gerais. Uma final que teve como protagonista um herói inesperado chamado Jorginho Carvoeiro, que fez o gol do título.

Mas o homenageado desse texto é Roberto Dinamite, que surgiu como grande promessa do futebol do Vasco e do Brasil. Nessa conquista o jovem com vocação para artilheiro e chute fortíssimo, foi importantíssimo para uma sequência de muitos gols e outras conquistas, chegando a figurar em várias convocações da seleção brasileira.

Nas minhas pesquisas sobre ele, descobri através de várias homenagens, duas super interessantes, que grande parte de torcedores não tiveram oportunidade de conhecer. Numa delas descobri que ele foi homenageado como enredo no carnaval de 1989 pela modesta agremiação: Boêmios de Inhaúma. O título do enredo era "Roberto Dinamite, a explosão do gol", a Boêmios obteve o quarto lugar no grupo de acesso (equivalente a quinta divisão) e garantiu a promoção para o grupo quatro (quarta divisão). Os compositores do enredo: Carequinha, Vanderlei, Cizinha do Cavaco, trazia em um dos refrões as frases:

"Boêmios apresenta neste carnaval

Nesta festa colorida

Carlos Roberto de Oliveira

Dinamitando esta avenida"

E em outro refrão:

"Hoje a bola vai rolando,

A galera delirando,

Dinamite explodindo

e as redes balançando".

Já na outra homenagem feita por Rildo Hora e Sérgio Cabral, na voz da cantora Lena Rios, trazia o título da música: "O artista do povo". Que começa com a citação:

"Este samba é em homenagem a Roberto Dinamite e a todos os craques que, como ele, levam um pouco de alegria ao nosso povo".

Música: O artista do povo.

"O povo calado \ se engasga na mesma emoção\

O gol que não sai \ parece que prende a respiração\

Um aperto no peito \ o silêncio ao redor \

As mãos pelas calças \ secando o suor \

A nega safada \ fugiu com o Bento \

A dor se apaga \ no foul violento. \

É logo esquecido \ o baixo ordenado \

Com a bola raspando \ num tiro cruzado \

Que driblou a dor \ o doutor, o patrão. \

O herói da nação \ entrou pela área \

Pegou de voleio \ fez um carnaval \

Explode no campo \ a marca do craque \

num tiro fatal \ daí então tudo mudou \

Virou alegria, menino \ a vida do trabalhador".

O maior artilheiro da História do campeonato brasileiro com 190 gols.

Roberto Dinamite, ídolo eterno.

     Fontes: Placar Magazine - books.google.com.br e www.netvasco.com.br - Edson Freitas Carvalho - professor de geografia.



sexta-feira, 30 de junho de 2023

P. 67 LIMITES, DIVISAS e FRONTEIRAS


 LIMITES, DIVISAS e FRONTEIRAS

Limite, divisa e fronteira - Qual a diferença?

Limite, divisa e fronteira são termos utilizados para definir a separação entre territórios e cada um deles tem um significado específico.

O termo "limite" deve ser utilizado para designar a separação de dois municípios, por exemplo: o limite entre Miguel Pereira e Paty do Alferes no Estado do Rio de Janeiro.

O vocábulo "divisa", por sua vez, no Brasil deve ser utilizado para separação entre dois Entes Federativos. Como exemplo podemos citar a divisa entre os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

Já a palavra "fronteira" só pode ser utilizada para designar a separação entre países.

Exemplo: a fronteira entre o Brasil e a Argentina.

     Marcio Luis Fernandes (professor de geografia)

     #GEOGRAFIAS MEMORÁVEIS


P. 66 Tipos de chuvas: frontais, orográficas e convectivas


 Chuva frontal

São as chuvas resultantes do encontro direto entre duas massas de ar, uma seca e fria e outra úmida e quente. A massa de ar fria (densa) faz a massa de ar quente (leve) subir. Inicia-se o processo de condensação e, então, a precipitação.

*também conhecida como chuva ciclônica.

Chuva orográfica

São as chuvas resultante do "bloqueio" de uma massa de ar úmida por uma forma de relevo íngreme, como uma montanha. A massa de ar úmida vinda do oceano, ao encontrar, por exemplo, a montanha, é forçada a subir grandes altitudes. Ao elevar-se, a nuvem resfria-se, ocorrendo o processo de condensação seguido de precipitação.

*Também conhecida como chuva de relevo.

Chuva convectiva

Ocorre em regiões de clima tropical. É uma chuva de abrangência local e ocorre quando há movimentação do ar. O ar frio (denso) desce, e o ar quente (leve) sobe. Ao elevar-se, o ar quente carrega toda a umidade. Inicia-se o processo de condensação e, em seguida ocorre a precipitação.

*Também conhecida como chuva de verão.

P. 65 NUVENS


 NUVENS

Nuvens são formadas por pequenos cristais de gelo e gotículas de ar em suspensão na atmosfera. Os diferentes tipos de nuvens são determinados pela altitude e aparência.

Existem 10 tipos delas: cirrus, cirrocumulos, cirrostratus, altocumulus, altostratus, nimbostratus, stratocumulus, stratus, cumulus e cumulonimbus.

As do tipo cirrus são as mais elevadas, enquanto as cumulus possuem base mais baixa.

As cumulonimbos, apesar de base baixa, apresentam grande desenvolvimento vertical.

Por Paloma Guitarrara (professora de geografia)

brasilescola.uol.com.br

terça-feira, 2 de maio de 2023

P. 64 Pessoas inúteis


 "Uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050: a dos inúteis."

Com o avanço da inteligência artificial, Yuval Noah Harari, autor de "Sapiens", prevê que muitos profissionais não apenas ficarão desempregados, como também não serão mais empregáveis.

Em artigo publicado no The Guardian, intitulado O Significado da Vida em um Mundo sem Trabalho, o escritor comenta sobre uma nova classe de pessoas que deve surgir até 2050: a dos inúteis. "são pessoas que não serão apenas desempregadas, mas que não serão empregáveis", diz o historiador.

"A questão mais importante na economia do século 21 pode muito bem ser: o que devemos fazer com todas as pessoas supérfluas, uma vez que temos algoritmos não-conscientes altamente inteligentes que podem fazer quase tudo melhor que os humanos?"

"A maioria das crianças que atualmente aprendem na escola provavelmente será irrelevante quando chegar aos 40 anos".

De acordo com Harari, esse grupo poderá acabar sendo alimentado por um sistema de renda básica universal. A grande questão então será como manter esses indivíduos satisfeitos e ocupados. "As pessoas devem se envolver em atividades com algum propósito. Caso contrário, irão enlouquecer. Afinal, o que a classe inútil irá fazer o dia todo?

O professor sugere que os games de realidade virtual em 3D poderão ser uma das soluções e faz um paralelo com costumes antigos, que, segundo ele, teve propósito semelhante: "na verdade, essa é uma solução muito antiga. Por centenas de anos, bilhões de humanos encontraram significados em jogos de realidade virtual. No passado, chamávamos esses jogos de "religiões", afirma Harari.

O que é uma religião, se não um grande jogo de realidade virtual desempenhado por milhões de pessoas juntas? Religiões como Islã e Cristianismo inventam leis imaginárias, como "não comem carne de porco", "repita as mesmas preces um número determinado de vezes por dia", "não faça sexo com alguém do próprio gênero" e assim por diante. Essas leis existem apenas na imaginação humana. Nenhuma lei natural proíbe a homossexualidade ou a ingestão de porco. Muçulmanos e cristãos atravessam a vida tentando ganhar pontos em seu jogo de realidade virtual favorito. "Se você reza todos os dias, você obtém pontos. Se você esqueceu de orar, você perde pontos. Se, no final da sua vida, você ganhar pontos suficientes, depois de morrer você vai ao próximo nível do jogo (também conhecido como paraíso-céu)".

Mas a ideia de encontrar significado na vida com essa realidade alternativa não é exclusividade da religião, como explica o professor. "O consumismo também é um jogo de realidade virtual. Você ganha pontos por adquirir novos carros, comprar produtos de marcas caras e tirar férias fora do país. E, se você tem mais pontos que todos os outros, diz a si mesmo que ganhou o jogo".

Para o escritor, um exemplo de como funcionará o mundo pós-trabalho pode ser observado na sociedade israelense. Alguns judeus ultra ortodoxos não trabalham e passam a vida estudando escrituras sagradas e realizando rituais religiosos. Esses homens e suas famílias são mantidos pelo trabalho de suas esposas e subsídios governamentais. "Apesar desses homens serem pobres e nunca trabalharem, pesquisa após pesquisa eles relatam níveis de satisfação mais altos que qualquer outro setor da sociedade israelense", afirma Harari.

Segundo o professor, o significado da vida sempre foi uma história ficcional criado, por humanos, e o fim do trabalho não irá necessariamente significar o fim do propósito. Ao longo da história, muitos grupos encontraram sentido na vida mesmo sem trabalhar. O que não será diferente no mundo pós-trabalho, seja graças à realidade virtual gerada em computadores ou por religiões e ideologias. "Você realmente quer viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, perseguindo metas de faz de conta e obedecendo as leis imaginárias? Goste ou não, esse já é o mundo em que vivemos há centenas de anos".

por: Yuval Noah Harari             epocanegocios.globo.com          asmetro.org.br


segunda-feira, 13 de março de 2023

P. 62 Fatores Climáticos: o ALBEDO


 Fatores Climáticos: o ALBEDO

O albedo pode ser definido como o índice de reflexão solar atrelado à cor de uma determinada superfície, sendo mensurado em termos percentuais.

Superfícies claras como a neve chegam a refletir 90% dos raios solares de volta para o espaço sideral.

Por outro lado, superfícies escuras como a floresta amazônica tendem a refletir apenas 10% da radiação solar.

Apesar das florestas tenderem a reter boa parte do calor irradiado do sol (devido à sua cor escura), elas absorvem os gases de efeito estufa (carbono) durante a fotossíntese.

No mais, as florestas - igualmente - impedem uma irradiação ainda maior em comparação com o solo desmatado ou sem vegetação.

Em uma área florestada, o calor é relativamente menor que nas áreas urbanizadas e/ou sem cobertura vegetal.

No nosso cotidiano é fácil perceber a ação do albedo. Explico: durante os dias ensolarados, costumamos usar roupas claras, uma vez que refletem os raios solares, aliviando o calor.

No entanto, quando utilizamos roupas pretas, por exemplo, a cor escura absorve praticamente todo o calor do sol.

Assim, quanto maior for o albedo de um espaço ou lugar, menor será a sua temperatura.

O contrário também é verdade: quanto menor for o albedo de uma região ou localidade, maior será a sua temperatura atmosférica.

        Marcio Luis Fernandes (professor de geografia) - GEOGRAFIAS MEMORÁVEIS.

P. 61 TERMOS GEOGRÁFICOS


 TERMOS GEOGRÁFICOS