domingo, 25 de agosto de 2013

P.31 Aprendizagem: tradicional x tecnologia.

Aprendizagem: tradicional X tecnologia
  Em um debate muito esclarecedor promovido pelo jornal "o dia" de 24/08/2013, com o título: tecnologia e aprendizado na escola - entre artigos de Hamilton Werneck (pedagogo e escritor-cadê a gramotricidade?) e Marcus Tavares (professor e jornalista especializado em educação e mídia - meros espectadores).
  Hamilton, escreve sobre a situação de estarmos digitando mais que escrevendo. Num mundo que geralmente está se inclinando para era digital. E dando ênfase à uma tecnologia necessária, atenta para o fato de que escrever é um processo que desenvolve a grafomotricidade. "Se não ocorrer a escrita cursiva, alguns sbstitutos deverão surgir para que o hominídio não perca estes movimentos com as pontas dos dedos. Portanto , mais instrumento musical, com cordas e teclados, mais escultura, pintura e desenho. Trata-se da arte vindo em socorro do ser humano, como sempre ocorreu em nossa história".
  Já Marcus, fala sobre aulas em programas de computadores como: power-point e prezi. Neles, educadores inserem vídeos, imagens, cores e textos. Em uma situação em que "as aulas viram grandes exposições, cheias de recursos, atraindo a atenção de estudantes, o que endossa a afirmação de que forma também é conteúdo". Porém o mesmo faz uma ressalva sobre a observação de que os alunos muitas vezes assumem postura de meros expectadores, como se estivessem numa apresentação, e não de um momento de ensino e aprendizagem.
  E mesmo vendo o potencial dessas aulas, ele fala também da importância da aula tradicional, com o uso do velho quadro negro/branco, que não tem interface com outras imagens.
  Cenário em que ele observa os estudantes acompanharem as aulas com desenvolvimento do raciocínio da aula de maneira mais centrada, focada e, para surpresa, mais interativa.
  Achei sensacionais esses artigos, com muito esclarecimentos e opiniões fantásticas. E fazendo um parâmetro com a minha rotina de trabalho como professor, também acompanho estas contradições, e compartilho com bons olhos a utilização das novas tecnologias necessárias para os dias atuais e utilizando como soma de ótimos recursos didáticos para a complementação do aprendizado.
  Porém, tenho a opinião de que o ato de prestar atenção nas aulas, escrevendo as palavras-chaves do conteúdo proposto e sintetizando, juntamente com a escrita e a leitura, ainda é fundamental para fazer funcionar os neurônios mais vezes, ativando todo um processo de assimilação em nossas mentes.
 E creio na importância de uma interação entre o velho e o novo, numa busca incessante de conhecimento, sempre usando o termo ideal - "bom-senso".


terça-feira, 9 de julho de 2013

P.30 Capitalismo: êxito ou fracasso?













Capitalismo: êxito ou fracasso?
"Os governos aprenderam a construir instituições que lidam com os excessos do capitalismo e asseguram a melhor distribuição da riqueza. Na época de Adam Smith, 90% dos europeus ocidentais eram pobres. Atualmente, são apenas 10%"


  O capitalismo é a forma natural e mais bem sucedida de organização econômica desde a Antiguidade. Inexiste substituto melhor. Frei Betto, porém, não pensa assim. Ele duvida do êxito do capitalismo. Em entrevista à Rádio CBN (15/06/2013). disse: "Enquanto o Evangelho prega a solidariedade, o capitalismo prega a competitividade" (ele quis dizer competição, concorrência). "Enquanto nós cristãos pregamoslei que o ser humano tem de estar acima de tudo, com seus direitos preservados, ele prega que a prioridade reside no capital" (não há prova dessa afirmação). Sua conclusão: "O capitalismo é bom para apenas um terço da humanidade. Todo o mundo fala no fracasso do socialismo. Engraçado, ninguém fala do fracasso do capitalismo para dois terços da humanidade".
  Segundo Max Weber (1864-1920), o capitalismo sempre existiu nos países civilizados. Haviam empresas capitalistas "na China, na Índia, na Babilônia, no Egito, na Antiguidade Mediterrânea e na Idade Média, tanto como na Idade moderna". Imagino que os vendilhões que Cristo expulsou do Templo (Mateus 21:12) praticavam um capitalismo primitivo.
  O capitalismo moderno surgiu na Europa entre os séculos XVIII e XIX. Derivou de longa obra institucional, da qual se destacavam dois eventos na Inglaterra: a Carta Magna (1215) e a Revolução Gloriosa (1688), que eliminaram o absolutismo. A supremacia do poder foi transferida para o Parlamento. O rei perdeu a prerrogativa de demitir juízes e de gastar seu bel-prazer. O judiciário independente passou a garantir direitos de propriedade e respeito a contratos. A ordem capitalista começou a emergir da segurança jurídica. Nasceu a lei de patentes (1624), a propriedade, antes restrita aos bens físicos (finitos), se estendeu às inovações (infinitas). Graças à criação do Banco da Inglaterra (1694), a taxa de juros caiu, e surgiu um amplo mercado de crédito para empresas. A inovação e o empreendedorismo explodiram, desaguando na Revolução Industrial.
  Adam Smith (1723-1790) realçou o papel do mercado na prosperidade. Sua obra A Riqueza das Nações (1776) é um portento filosófico que realça as liberdades individuais e destaca a divisão do mercado, a concorrência e a produtividade como motores da expansão econômica e da geração de riqueza. Depois, a pesquisa e o ensino ampliaram o conhecimento sobre o funcionamento da economia. Os governos aprenderam a construir instituições que lidam com os excessos do capitalismo e asseguram a melhor distribuição da riqueza gerada pelo mercado. Na época de Smith, 90% dos europeus ocidentais eram pobres. atualmente, apenas 10%. Foi a maior revolução social da história até então. A partir de 1978, com o primeiro-ministro Deng Xiaoping (1904-1997), a China protagonizaria outra revolução, mais rápida. Quando as reformas de Deng reinstituíram o capitalismo, a renda per capita era um terço da prevalecente na   África subsaariana. Em três décadas, a China passaria a país de renda média, retirando da pobreza mais de meio bilhão de pessoas.
  O capitalismo é um gigantesco processo de coordenação de expectativas e cooperação entre indivíduos, empresas e governo. Não depende de um comando central como no socialismo. Ao contrário deste, incentiva a criatividade, a inovação, o avanço tecnológico e, em última instância, a criação de riqueza.
  O capitalismo não é perfeito. Crises financeiras e de outra natureza provocam recessões que prejudicam a economia e o bem-estar. Sua vantagem é aprender com elas, renovar-se, e promover mudanças que previnem a repetição de erros e suscitam a recuperação. No socialismo não há tais crises, mas o regime fracassou. A União Soviética morreu. As crises do capitalismo tampouco ocorrem em Cuba e na Coréia do Norte, os sobreviventes, pois não têm sistema financeiro. Lá, o socialismo legou uma economia decadente e igualitária na pobreza.
  Hoje, a pobreza se concentra nos países que não construíram instituições propícias ao florescimento do capitalismo. Eles constituem a maior parte dos dois terços citados por Frei Betto. Se um dia se transformarem, o capitalismo também lhes trará o êxito. O fracasso ficará para trás.
                                       Maílson da Nóbrega, economista - Revista Veja: edição 2329-ano 46-nº 28-10 de julho de 2013. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

P. 29 BRASIL

BRASIL
  Não sou ufanista, mas muito otimista, e gosto muito de críticas racionais. Como essas escritas por homens de países diferentes mas de opiniões de muita credibilidade e clareza.
  "O mundo pode aprender muito com o êxito do Brasil. Os brasileiros subestimam a profundidade do impacto do seu êxito no últimos 15 anos."
  Joe Biden, vice de Obama - jornal o dia 03/06/2013.
  "Seria uma tragédia se o Brasil de hoje não tivesse o bolsa família. E será uma tragédia se, daqui a 20 anos,  a gente continuar precisando do bolsa família."
  Cristovam Buarque, senador - revista istoé 15/05/2013.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

P.27 Adeus "Guadá"

Adeus "Guadá"
  Lamento e com muita emoção que vou me despedindo do C.E.Guadalajara em Olavo Bilac - Duque de Caxias. Estou saindo por motivo de fechamento do turno da noite, que está além das nossas possibilidades de reverter o quadro, mas, agradeço de coração a todos os importantes funcionários desse colégio sensacional, por ter proporcionado na minha vida escolar desde início do ano 2.000: grande felicidade, companheirismo, e principalmente conhecimento.
  Obrigado "Guadá".

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

P.26 O Índice Big Cat

"O índice Big Mac mede a valorização das moedas de cada país. Agora surge o Big Cat, um indicador de progresso baseado na população de felinos domésticos."
"Índice Big Cat opõe ricos/gatos X pobres/cachorros."

Na corrida pelo coração do homem, os cachorros largaram na frente. Os primeiros lobos, ancestrais dos cães que conhecemos, foram domesticados há 100000 anos. Eles se aproximaram dos acampamentos em busca de restos de alimentos. Seus filhotes ganharam abrigo e foram escalados para ajudar nas caçadas. Os gatos só entraram no nosso convívio bem depois, há 4000 anos, no Egito. O trabalho deles era comer os ratos que se infriltavam nos depósitos de comida. Nas sociedades modernas, o cachorro manteve a primazia e ganhou o título de melhor amigo do homem, mas uma revanche dos felinos já está em andamento. A expansão e o enriquecimento das cidades e as mudanças demográficas fizeram com que o número de felinos crescesse e aceleradamente em vários países. Nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, a população de gatos já é maior que a de cães. no Brasil, a virada deve ocorrer a dez anos, pelos cálculos da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). "Em 2022, para cada cachorro que for visto passeando na rua de coleira, haverá um gato dentro de uma casa,"diz o engenheiro agrônomo José Edson Galvão de França, presidente executivo da Abinpet.
  Cachorros são mais queridos em lares com muitas crianças. Adaptam-se melhor a um mundo que está ficando no passado: casas com quintais espaçosos e famílias numerosas, em que as mães eram donas de casa e cuidavam de tudo. Elas tinham tempo de sobra para dar água, comida, coletar as fezes dos bichos e levá-los para tosar e tomar banho. Em muitos países desenvolvidos, essa cena já é uma raridade. As famílias diminuiram de tamanho e se mudaram para os centros urbanos, onde podem usufruir melhores escolas e hospitais. As mulheres ingressaram no mercado de trabalho e têm a agenda cheia de compromissos. No Brasil, em que a taxa de fecundidade despencou em cinco décadas de seis para 1,9 filho por mulher e três em cada cinco delas trabalham, o apelo dos cães caiu. O aumento da qualidade e da expectativa de vida, que no Brasil passou dos 73 anos, também interferiu. Idosos têm menos paciência para correr atrás dos cachorros e aturar latidos durante a noite.
  Os gatos trazem inúmeras vantagens. Não é preciso levá-los para tomar banho a cada quinze ou trinta dias. Sua língua áspera, com pequenos espinhos curvos, se encarrega de coletar os pelos velhos, retirar as células mortas e as sujeiras do corpo (o custo médio de manutenção de um gato é de 200 reais, metade do de um cão). Os bichanos não precisam sair para para aliviar o stress ou fazer suas necessidades na rua. Para isso, usam as caixas de areia. Apartamentos pequenos também não são um problema. Ao contrário dos cães, que precisam de grandes áreas para correr e brincar, os gatos aproveitam o espaço vertical. Sobem na geladeira, nas prateleiras e nos armários.
  Donos de cães e de gatos costumam entrar em discussões frequentes. Para os do primeiro grupo, felinos são egoístas. Na realidade, o que eles são é autossuficientes. Não precisam tanto dos donos. É essa qualidade que os torna tão atraentes nos paises mais ricos.
         Revista Veja-edição 2302-ano 46-nº1-2 de janeiro de 2013.